Governadores de oito estados do Nordeste repudiaram hoje (3) o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Em nota, eles chamaram o episódio de “absurda tentativa de jogar a Nação em tumultos derivados de um indesejado retrocesso institucional”. O pedido foi aceito ontem (2) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A
nota dos governadores afirma que não houve prática de crime de
responsabilidade por parte da presidenta Dilma e que a decisão de
aceitar o pedido de abertura de processo decorreu “de propósitos
puramente pessoais, em claro e evidente desvio de finalidade”.
“Diante desse panorama, os governadores do Nordeste anunciam sua posição contrária ao impeachment
nos termos apresentados e estarão mobilizados para que a serenidade e o
bom senso prevaleçam", diz o texto. "Em vez de golpismos, o Brasil
precisa de união, diálogo e de decisões capazes de retomar o crescimento
econômico, com distribuição de renda”, acrescenta a nota, que foi
divulgada pelo governador da Bahia, Rui Costa.
Além de Costa,
assinam a nota os governadores Camilo Santana, do Ceará; Flávio Dino, do
Maranhão; Jackson Barreto, de Sergipe; Ricardo Coutinho, da Paraíba;
Renan Filho, de Alagoas; Robinson Faria, do Rio Grande do Norte; e
Wellington Dias, do Piauí.
Paulo Câmara, de Pernambuco, foi o
único dos governadores do Nordeste que não assinou a nota. Câmara
divulgou seu próprio comunicado, no qual evitou criticar abertamente o
processo de impeachment que se inicia no Congresso. Ele questionou, porém, o papel de Eduardo Cunha, que enfrenta problemas no Conselho de Ética da Câmara.
O governador disse que Cunha tem sua legitimidade comprometida e
“precisa deixar a presidência da Casa”. Câmara defendeu “trabalho duro”
para superação da crise e falou em oportunidade para o governo federal
“dar um basta na política pequena, de troca de favores para qualquer
tomada de posição”.
Ao concluir a nota, Câmara diz que seu
partido, o PSB, não votou na presidenta Dilma, nem no presidente da
Câmara. "Trilhamos nosso próprio caminho. Essa postura continuará,
defendendo as instituições e o respeito à Constituição do país."
O rito de análise do processo do impeachment
teve início hoje, com a leitura da denúncia aceita pelo presidente da
Câmara. O texto, de 68 páginas, foi lido pelo primeiro-secretário da
Casa, Beto Mansur (PRB-SP). Em seguida, o próprio Eduardo Cunha leu a
decisão em que acatou pedido de abertura do processo.
Marcelo Brandão e Iolando Lourenço – Repórteres da Agência Brasil
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Quinta-feira, 03 de novembro de 2015 – Postado por Elismar
Rodrigues
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1-Não julgueis, para que não sejais julgados. 2-Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós. …