Em entrevista ao Blog de Jamildo, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Pernambuco (Sinpol), Áureo Cisneiros, se esquivou de comentar a representação criminal apresentada pelo governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), no Ministério Público do Estado, mas afirmou que não vai se calar.
Paulo Câmara reclama ao MPPE que o sindicalista lhe fez falsa imputação de crimes durante discurso em carro de som na porta da Fiepe, quando Dilma veio a Pernambuco, no dia 21 de agosto. Uma cópia em vídeo do discurso foi anexada ao processo.
De acordo com o presidente do Sinpol, o Governo de Pernambuco deve romper o contrato com o Consórcio Odebrecht para gerir a Arena Pernambuco, estádio construído para a Copa do Mundo de 2014. “Nós estamos num Estado democrático de direito. O que dissemos é que discordamos do contrato do Governo com a Odebrecht. Acreditamos que o contrato deve ser rompido, até porque o presidente da empresa está sendo investigado na Operação Lava Jato da Polícia Federal”.
A fala do sindicalista contestada é: “Paulo Câmara, e o Arenão? Você era o presidente do Comitê que construiu a Arena sem licitação… A Odebrecht ganhou a licitação de forma fraudulenta e leva dos cofres do Estado de Pernambuco mais de R$ 100 milhões todos os anos”, cita o documento apresentado ao MPPE.
Na data, o protesto do Sinpol, pretendia de início, criticar apenas o ajuste fiscal proposto pela equipe econômica do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas, durante o ato, os manifestantes do sindicato criticaram Dilma, o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB.
O Sinpol questionou a petista em relação ao corte de R$ 70 milhões destinados à segurança e, em cima do carro de som, sindicalistas acusaram Câmara e Geraldo de terem “desviado” recursos durante a obra da Arena Pernambuco.
O Governo do Estado está preocupado com as despesas que a Arena tem imposto aos cofres públicos. Pelo contrato com a Odebrecht, a Arena Pernambuco precisa dar uma receita operacional anual que pague parte do valor da obra e o retorno do investimento. Para 2015, esse valor gira em torno de R$ 100 milhões.
Áureo Cisneiros criticou essa receita e afirmou que o Sindicato deve “continuar na luta”. “A decisão do governador foi arbitrária e antidemocrática porque ele não gosta de ouvir críticas, mas não vamos nos calar. Esse dinheiro gasto com a Arena poderia ser utilizado na melhoria dos serviços públicos prestados à população, principalmente na área de segurança”, concluiu.
Ainda de acordo com Áureo, o Sindicato deve se posicionar de forma oficial nesta terça-feira (13), através de nota à imprensa. Ao MPPE o presidente do Sindicato deverá esclarecer as declarações contra o governador. (PENOTICIAS)
Terça, 13 de outubro de 2015 – Postado por Elismar Rodrigues
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Mateus 7
1-Não julgueis, para que não sejais julgados. 2-Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós. …