
Por Flávio Leandro
Um dia, quando eu precisei de ajuda, ela veio sob forma de humilhação. Trata-se de um famigerado programa chamado de Frente Produtiva de Trabalho ou Frente de Emergência. Deixo claro que o programa não era do PSDB, pois, graças a Deus, esta ferramenta abominável acabou dois anos antes deste partido assumir o poder em 1995.
Este programa do governo federal foi o maior atentado à integridade moral do povo sertanejo. Eu estive presente em uma praga destas, acompanhando minha mãe que era inscrita no mesmo. A aberração era a seguinte: O sertanejo pobre e faminto se alistava, recebia uma picareta, uma pá e uma enxada e ia cavar açudes nas propriedades particulares de pessoas ricas, escolhidas pelos políticos locais.
Aquele aglomerado de gente sem norte, cavando esperança em meio à seca, estava mais próximo de campo de concentração nazista do que de trabalho. No final do mês mamãe ia pra uma fila receber uma pequena ajuda financeira e eu ia pra outra fila pra pegar a cesta básica que era oferecida. Na cesta constava feijão preto que, geralmente, levava de dois a três dias pra cozinhar, arroz em casca (ainda tinha que passar pelo pilão), fubá, farinha, óleo e, pronto! Quem fazia parte dum programa como este carregava consigo o atestado de morto de fome. De miserável.
Esse foi o verdadeiro protótipo da humilhação do nosso povo. Isso sim, era imoral... Trabalho escravo avalizado pela falsa moralidade dos ricos que defendiam que o peixe, muitas vezes podre, tinha que ser dado em troca do que sobrava da dignidade de quem precisava de ajuda. Não chamem, portanto, o necessitado de hoje de vagabundo. Ele é gente, gente que precisa. Muita paz a todos!
Um dia, quando eu precisei de ajuda, ela veio sob forma de humilhação. Trata-se de um famigerado programa chamado de Frente Produtiva de Trabalho ou Frente de Emergência. Deixo claro que o programa não era do PSDB, pois, graças a Deus, esta ferramenta abominável acabou dois anos antes deste partido assumir o poder em 1995.
Este programa do governo federal foi o maior atentado à integridade moral do povo sertanejo. Eu estive presente em uma praga destas, acompanhando minha mãe que era inscrita no mesmo. A aberração era a seguinte: O sertanejo pobre e faminto se alistava, recebia uma picareta, uma pá e uma enxada e ia cavar açudes nas propriedades particulares de pessoas ricas, escolhidas pelos políticos locais.
Aquele aglomerado de gente sem norte, cavando esperança em meio à seca, estava mais próximo de campo de concentração nazista do que de trabalho. No final do mês mamãe ia pra uma fila receber uma pequena ajuda financeira e eu ia pra outra fila pra pegar a cesta básica que era oferecida. Na cesta constava feijão preto que, geralmente, levava de dois a três dias pra cozinhar, arroz em casca (ainda tinha que passar pelo pilão), fubá, farinha, óleo e, pronto! Quem fazia parte dum programa como este carregava consigo o atestado de morto de fome. De miserável.
Esse foi o verdadeiro protótipo da humilhação do nosso povo. Isso sim, era imoral... Trabalho escravo avalizado pela falsa moralidade dos ricos que defendiam que o peixe, muitas vezes podre, tinha que ser dado em troca do que sobrava da dignidade de quem precisava de ajuda. Não chamem, portanto, o necessitado de hoje de vagabundo. Ele é gente, gente que precisa. Muita paz a todos!

Nenhum comentário:
Postar um comentário
Mateus 7
1-Não julgueis, para que não sejais julgados. 2-Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós. …