Nos
próximos dias, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de
Souza, apresentará ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma peça jurídica
capaz de provocar um terremoto político tão devastador quanto o do
Escândalo do Mensalão. É a denúncia contra os políticos envolvidos no
inquérito policial 2245-4/140-STF, que investiga o chamado “tucanoduto” –
o caixa 2 da malsucedida campanha do senador Eduardo Azeredo ao governo
de Minas Gerais, em 1998. Com mais de cinco mil páginas, o inquérito
tem num relatório da Polícia Federal a completa radiografia de como foi
montado o esquema e quem se beneficiou com ele.
Obtidos com exclusividade por ISTOÉ, os documentos que integram as
172 páginas dessa conclusão são mostrados pela primeira vez. Eles
atingem diretamente o atual ministro das Relações Institucionais,
Walfrido dos Mares Guia (à época vice-governador e candidato a deputado
federal), e envolvem o governador de Minas, Aécio Neves (que na ocasião
tentava sua reeleição à Câmara). Aécio é nomeado numa lista assinada
pelo coordenador financeiro da campanha, Cláudio Mourão, como
beneficiário de um repasse de R$ 110 mil.
O relatório compromete ainda 159 políticos mineiros que participaram
da disputa de 1998, entre eles a então senadora Júnia Marise e 82
deputados, entre federais e estaduais. No total, 17 partidos são
citados, incluindo o PT, acusado de ter recebido R$ 880 mil, divididos
entre 34 sacadores, sendo cinco deputados federais (confira a lista
completa ao final dessa reportagem).
Fonte: Poço 10 Noticias


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Mateus 7
1-Não julgueis, para que não sejais julgados. 2-Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós. …