Embate se dá no momento em que PT protagoniza ataques mais irresponsáveis já registrados em uma campanha. Tucano recebeu munição contra Dilma
Os candidatos à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT)
(Felipe Cotrim/VEJA.com)
Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) se enfrentam neste domingo
no terceiro debate do segundo turno. O embate se dá no auge da baixaria
inaugurada pelo PT nesta campanha: o partido protagoniza os ataques
mais irresponsáveis já registrados em uma corrida eleitoral –
capitaneados pelo ex-presidente Lula, que em 1989 foi alvo das baixarias
de Fernando Collor, hoje aliado do PT. Se os candidatos mantiverem
nesta noite, no encontro promovido pela Record, o clima das campanhas na
televisão, o debate promete ser ainda mais agressivo do que o da última quinta-feira, no SBT.
Em suas inserções na TV, o PT passou a insinuar que o candidato
tucano agride mulheres, deixando clara a tática do PT na reta final da
campanha: expor a presidente Dilma como uma vítima das "grosserias" de
Aécio. Na tarde de sábado, Lula disse que Aécio usa violência contra as mulheres,
por "experiência de vida", e a tática de "partir para cima agredindo".
Ao comentar a estratégia do tucano contra Dilma Rousseff, o
ex-presidente insinuou que Aécio costuma bater em mulheres. "A tática
dele é a seguinte: vou partir para a agressão. Meu negócio com mulher é
partir para cima agredindo", afirmou Lula. O ex-presidente também
classificou Aécio de "filhinho de papai" e "vingativo". E o comparou a
Fernando Collor. O mesmo Fernando Collor que hoje divide palanques com
Dilma, como há uma semana, em Alagoas. Lula ainda voltou a mencionar o
episódio em que o adversário deixou de soprar o bafômetro em uma bliz no
Rio de Janeiro.
A coluna Radar, de Lauro Jardim,
informa que Aécio recebeu no sábado, em Porto Alegre, documentos com
denúncias contra familiares de Dilma. Pelo que revelou aos mais
próximos, trata-se de material de alta combustão. Mas o tucano só
pretende usar o material se for atacado.
Na quinta-feira, Dilma buscou atingir o caráter do tucano. O ápice da
estratégia petista ficou claro no terceiro bloco, quando Dilma sacou
uma pergunta sobre a Lei Seca no trânsito, cujo verdadeiro objetivo
era lembrar o episódio em que Aécio recusou-se a fazer o teste do
bafômetro durante uma blitz no Rio de Janeiro. O tiro saiu pela culatra:
Aécio respondeu dizendo que ela "poderia ter sido direta" e ele mesmo
mencionou o episódio. Na sequência, acusou Dilma de rebaixar o nível do
debate.
Confrontado no debate anterior, da TV Bandeirantes, com o fato de que
sua irmã, Andrea Neves, trabalhou no governo de Minas Gerais quando ele
administrou o Estado, Aécio Neves disse que ela exercia trabalho
voluntário e não remunerado. Em seguida, apontou a nomeação do irmão de
Dilma, Igor Rousseff, para um cargo de assessor da prefeitura de Belo
Horizonte na gestão do petista Fernando Pimentel.
Em entrevista ao vivo logo após o debate, a presidente perdeu o rumo ao falar sobre o duríssimo embate.
Ao responder a pergunta da repórter Simone Queiroz, Dilma gaguejou ao
tentar dizer a palavra "inequívoco", se enrolou e pediu para recomeçar a
entrevista, momento em que foi avisada que estava ao vivo. Ela tentou
retomar o discurso, mas em seguida alegou ter sentido uma queda de
pressão e foi conduzida até uma cadeira próxima.
O debate deste domingo começa às 22 horas. O programa será dividido
em três blocos. No primeiro e segundo, haverá rodadas de confronto
direto entre os candidatos, com perguntas de livre escolha e direito a
réplica e tréplica. No terceiro, além das perguntas, serão feitas as
considerações finais. (Veja)

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Mateus 7
1-Não julgueis, para que não sejais julgados. 2-Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós. …