Dilma leva o ex-deputado Sérgio Guerra para o debate do SBT

A presidente Dilma Rousseff (PT) levou para o debate do SBT na noite desta quinta-feira (16) com o senador Aécio Neves (PSDB) um tema explosivo divulgado no site da Folha de São Paulo.

De acordo com esta matéria, em seu depoimento ao Ministério Público Federal como parte do acordo da “delação premiada” o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, afirmou ter pago propina ao então senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) em 2009 para que ele ajudasse a esvaziar uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigaria a estatal.

Dilma perguntou a Aécio Neves o que achava dessa acusação ao ex-presidente nacional do PSDB, que morreu em março deste ano, como deputado federal, vítima de câncer generalizado.

A presidente fez a ressalva de que Sérgio Guerra não está mais vivo para defender-se. Mas, mesmo assim, cobrou de Aécio um posicionamento sobre a denúncia.

O tucano reagiu à pergunta com indignação dizendo que, pela primeira vez, Dilma estava admitindo que Paulo Roberto falou a verdade quando declarou ao MPF que o dinheiro desviado por ele da Petrobras abastecia o caixa de vários partidos, inclusive do PT, por meio do tesoureiro

João Vaccari Neto.

Em nota, o PSDB limitou-se a dizer que é a favor de que se investigue tudo sobre o escândalo da Petrobrás. Já o filho do ex-deputado, Francisco Guerra, disse desconhecer o fato e que se orgulha da história política do pai.

A CPI à qual Paulo Roberto teria se referido chegou a ser instalada em julho de 2009 e encerrada no mês de novembro sem ter investigado nada. Dela fizeram parte apenas três membros da oposição: os senadores Sérgio Guerra (PSDB-PE), Álvaro Dias (PSDB-PR) e Antônio Carlos Magalhães Filho (DEM-BA). O argumento para não se investigar a Petrobras, à época, é que isso seria “impatriótico” porque poderia arranhar a imagem externa da empresa.PENOTÍCIAS