Representantes da Samarco, mineradora responsável pela barragem
que se rompeu em Mariana (MG) no dia 5, disseram hoje (17) que há riscos
de rompimento das represas de Santarém e de Germano, que ficam próximas
à primeira. Eles afirmaram ainda que a de Santarém não se rompeu,
diferentemente do que a empresa informou.
“Tem o risco e nós,
para aumentarmos o fator de segurança e reduzirmos o risco, estamos
fazendo as ações emergenciais necessárias”, disse o gerente-geral de
Projetos Estruturais da Samarco, Germano Lopes.
“O monitoramento
dessas barragens está sendo feito de forma online. Todos os dias os
fatores de seguranças são reportados. A gente não percebeu ainda nenhuma
movimentação nessas barragens. Existe uma plano de ação montado [caso
haja rompimento da barragem]”, completou o diretor de Operações e
Infraestrutura da empresa, Kléber Terra.
Segundo Terra, o fator
de segurança na barragem de Santarém é 1,37. Na de Germano, o dique
Celinha, uma das estruturas, tem índice de 1,22, o menor em todo o
complexo. Esse índice vai de 0 a 2. O nível mínimo de segurança
recomendado por lei é 1,5.
De acordo com os técnicos, estão sendo
feitas obras emergenciais nas duas barragens, com a colocação de blocos
de rocha de cima para baixo para reforçar a estrutura. Nesta semana, o
Corpo de Bombeiros de Minas Gerais divulgou imagens feitas por drones da
corporação que mostram uma rachadura na barragem de Germano.
“Nós
estamos com aproximadamente 90 dias para transportar todo o material lá
pra baixo, fazermos o preenchimento da erosão na margem direita,
nivelamento da crista da barragem, de forma a aumentar o nível de
segurança da estrutura e permitir o tratamento da água dentro do
reservatório de Santarém”, disse o engenheiro e geotécnico da empresa
José Bernado.
Nesta terça-feira, os representantes da empresa
explicaram que a única barragem que se rompeu foi a de Fundão,
diferentemente do que a própria Samarco informava desde o dia da
tragédia. A empresa dizia que, além de Fundão, Santarém havia rompido.
Segundo os técnicos, 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos desceram,
erodindo Santarém.
Para o Kléber Terra, “não é o caso de pedir
desculpas” à população pela tragédia. “Nós somos profissionais
orgulhosos dessa empresa. Não acho que seja o caso de pedir desculpas. É
o caso de verificar claramente o que aconteceu. Nós somos parte de um
processo que foi muito sofrido para tudo mundo”, afirmou o diretor de
Operações e Infraestrutura da Samarco. Ele disse ainda que "não está
poupando recursos" para investigar as causas do rompimento.
O
rompimento da barragem de rejeitos da Samarco, que tem como acionistas a
Vale e a BHP Billiton, criou uma onda de lama que destruiu o distrito
de Bento Rodrigues, em Mariana. A lama atingiu outros municípios de
Minas Gerais e do Espírito Santo e chegou ao Rio Doce, causando a morte
de animais e prejudicando o abastecimento de água. Doze pessoas
permanecem desaparecidas. Sete mortos foram identificados e quatro
corpos aguardam identificação.
Da Agência Brasil
Quarta-feira, 18 de novembro de 2015 – Postado por Elismar Rodrigues
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