© Marcelo Camargo/Agência Brasil Protesto de caminhoneiros na BR-040, nas proximidades da cidade de Valparaíso de Goiás, em 9 de novembro de 2015
São Paulo – Dos 42 pontos de interdições em rodovias federais registrados nesta segunda-feira, 15 já estavam liberados por volta das 15h de hoje, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal.
No total, cerca de 13 estados foram afetados pelos bloqueios organizados por caminhoneiros que pedem, entre outros pontos, a renúncia da presidente Dilma Rousseff. Ivar Schmidt, que é um dos líderes do movimento, chegou a afirmar que o grupo só irá negociar “com o próximo governante”.
Os caminhoneiros pedem ainda a redução do preço do óleo diesel, uma tabela de preços mínimos para o frete e a unificação dos salários da categoria.
Na lista de reinvindicações, o grupo pede também a reserva de mercado de 40% das cargas encomendadas pelo governo e liberação de crédito de R$ 50 mil com juros subsidiados para transportadores autônomos, além da anulação de multas aplicadas aos caminhoneiros durante os protestos passados e ajuda do governo para refinanciamento de veículos.
Diferentemente das mobilizações do primeiro semestre, o protesto de hoje não tem vínculo com qualquer sindicato e foi organizado, principalmente, pelas redes sociais encabeçado pelo Comando Nacional do Transporte - que tem apoio de grupos da oposição como Revoltados Online.
Em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) afirmou que a greve é política e não representa caminhoneiros.
Veja o mapa das rodovias que tiveram interdições nesta segunda ou onde os bloqueios continuam:
Protesto de caminhoneiros na BR-040, nas proximidades da cidade de Valparaíso de Goiás, em 9 de novembro de 2015
© Marcelo Camargo/Agência Brasil Protesto de caminhoneiros na BR-040, nas proximidades da cidade de Valparaíso de Goiás, em 9 de novembro de 2015
Nem todos os protestos, contudo, afetam o tráfego nas estradas. No Rio Grande do Sul, por exemplo, a maior parte das manifestações acontece em postos de gasolina e acostamentos, segundo informações da assessoria de imprensa da Polícia Rodoviária Federal local.
Em fevereiro, caminhoneiros bloquearam rodovias de ao menos 10 estados contra o preço do diesel e a cobrança de pedágio por eixo suspenso dos caminhões, medida que influenciou o valor do frete. Em abril, entrou em vigor a Lei dos Caminhoneiros, que foi sancionada sem vetos pela presidente em resposta a um pedido da categoria.
No entanto, alguns dias depois, a categoria voltou a tomar as rodovias depois que o governo se recusou a criar uma tabela com valor mínimo para o frete. A tabela de frete mínimo aumentaria em torno de 30% os valores praticados hoje. Os manifestantes afirmam que a medida protegeria a categoria das oscilações do mercado.
O governo, por sua vez, considera a proposta inconstitucional e sugere a criação de uma tabela referencial, portanto, não obrigatória.
Fonte: Exame.com
Segunda-feira, 09 de novembro de 2015 – Postado por Elismar Rodrigues
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