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26 setembro 2015

Lobista do PMDB admite depósito a político no exterior

O lobista João Augusto Rezende Henriques (Foto: Geraldo Bubniak / Agência O Globo)

O Globo

Ao prestar novo depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira, o lobista João Augusto Henriques admitiu manter contas no exterior por meio de três offshores (First Oil, Acona e Sting Dale), e ter feito transferência de dinheiro para um político já investigado na Operação Lava-Jato. Trechos do depoimento foram citados nesta sexta-feira pelo juiz Sérgio Moro, no despacho em que decretou a prisão preventiva de Henriques, apontado como operador do PMDB no esquema de pagamento de propina em contratos da Petrobras.

- Ao final do depoimento, o acusado admitiu que, em outro contrato da Petrobras, relativamente à aquisição pela Petrobras do campo de exploração em Benin, teria efetuado transferência bancária, a pedido de terceiro, para conta no exterior que pertenceria a um agente político, titular de foro privilegiado, já acusado em outra ação penal perante o Supremo Tribunal Federal, disse Moro, que encaminhará o depoimento ao STF.


Investigado por ter intermediado negócios na área Internacional da Petrobras e ter recebido mais de R$ 20 milhões de fornecedoras da estatal, Henriques havia sido preso temporariamente na última segunda-feira, na 19ª Fase da Operação Lava-Jato. Num primeiro depoimento, havia negado ter movimentado recursos fora do país. Agora, admitiu ter feito pagamentos a “amigos”.

- Se alguém me ajudou eu paguei. Se alguém me deu alguma informação, eu paguei. ... Agora, eu não vou entregar um amigo que eu dei alguma ajuda, disse Henriques no depoimento, parcialmente transcrito pelo juiz.

Segundo o Ministério Público Federal, Henriques intermediou a venda da refinaria San Lorenzo, a compra de 50% de um bloco de exploração offshore na Namíbia, a contratação do navio-sonda Titanium Explorer e o contrato milionário firmado para a Odebrecht em 2010 para prestação de serviços de certificação na área de segurança e meio ambiente, fechado em 2010 por US$ 825,6 milhões e que, após auditoria interna da estatal, foi reduzido para US$ 481,7 milhões.

O lobista teria recebido por meio de sua empresa Trend Empreendimentos. Entre as transferências identificadas estão pagamentos de R$ 6,5 milhões feitos pelo Consórcio Cenpes, responsável pelo centro de pesquisa da Petrobras, e R$ 7,3 milhões pagos pela Mendes Júnior, que participou do Consórcio Integra junto com a OSX para fornecimento de dois navios-sonda.

O delator Eduardo Vaz Musa, que trabalhava na OSX, assinou acordo de delação premiada e disse que houve acerto do consórcio para pagamento de propina e que Henriques “ficaria encarregado do pagamento de vantagem indevida pelo apoio recebido do PMDB".

Sábado, 26 de setembro de 2015 – Postado por Elismar Rodrigues


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