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26 setembro 2015

Estreita-se o cerco a Eduardo Cunha

Cartão vermelho Eduardo Cunha (Foto: Arte: Antonio Lucena)

Por Ricardo Noblat

Na semana passada, Joaquim Levy, ministro da Fazenda, ouviu de um amigo revelações sobre os bastidores da queda em 1992 do então presidente Fernando Collor.

A certa altura, o amigo lhe disse: “Pois é naquela época tínhamos Ulysses Guimarães, um estadista, conversando com Itamar Franco, o vice que sucedeu Collor. Hoje, quem temos?”.

Levy respondeu irônico: “O Cunha?” No caso, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, desafeto assumido de Dilma e do seu governo.

Eduardo é o segundo na linha de sucessão direta de Dilma. Se amanhã ela cair, assume Michel Temer, o vice-presidente. Se os dois caírem, assume Eduardo. E quem confia nele?

A fama de Eduardo sempre foi a de um político que ama tirar vantagens de tudo. Agravou-se com as suspeitas que passaram a enlamear sua reputação no rastro da Operação Lava Jato.


Até ontem, eram dois os delatores que acusavam Eduardo de cobrar e receber propina. Apareceu mais um: Fernando Baiano, tido como operador do PMDB no saque à Petrobras.

Em um dos seus depoimentos, Baiano confirmou o repasse de propina a Cunha, que teria recebido US$ 5 milhões para facilitar a compra pela Petrobras de dois navios-sonda da Samsung Heavy Industries.

Júlio Camargo, lobista da Samsung, havia contado que pagou, ao todo, US$ 40 milhões a Cunha, ao próprio Baiano e ao ex-diretor da área de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró pela intermediação da compra dos navios-sonda Petrobras 10000 e Vitoria 10000 — um negócio de US$ 1,2 bilhão.

Outro delator, o doleiro Alberto Youssef, disse que, a pedido de Camargo, ajudou repassar para Baiano parte da propina que teria como destinatário final o presidente da Câmara.

O cerco a Cunha só faz se fechar. Inquérito contra ele corre no Supremo Tribunal Federal (STF). Se o Procurador Geral da República oferecer denúncia contra Cunha, e se o STF a receber, como ele poderá continuar presidindo a Câmara?

É isso o que será arguido por seus adversários, para felicidade de Dilma. Eduardo, naturalmente, alega ser inocente. Mas por que – ora diabos! - três pessoas, assim do nada, contariam a mesma história escabrosa a respeito dele?


Sábado, 26 de setembro de 2015 – Postado por Elismar Rodrigues


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