Na manhã da segunda-feira da semana passada, após sentir uma cólica, foi sozinha ao Hospital Barão de Lucena onde deu à luz uma menina saudável, de 2,350 kg e 47 centímetros
Imagens do circuito interno flagraram Núria deixando o hospital com a bebê, por volta das 13h, aparentando estar desorientada. Foto: Polícia Civil/ Divulgação
A arquiteta Núria Babyane Alves da Silva, de 30 anos, estava grávida. Dada como desaparecida depois de familiares e amigos estranharem sua ausência por uma semana, ela na verdade se ausentou para dar à luz uma criança. A gravidez era desconhecida por todos. De acordo com a delegada Gleide Ângelo, responsável pelas investigações, Núria contou que não sabia estar com nove meses de gestação. Acreditava estar no quinto mês de gravidez e também foi surpreendida pela chegada da filha.
Na manhã da segunda-feira da semana passada, após sentir uma cólica, a arquiteta foi sozinha ao Hospital Barão de Lucena (HBL). Na verdade, estava em trabalho de parto e, no mesmo dia, deu à luz uma menina saudável, de 2,350 kg e 47 centímetros. Diagnosticada com uma infecção, Núria ficou internada durante sete dias na unidade de saúde, de onde recebeu alta médica. Agora, está sob os cuidados de amigos na casa onde mora, no bairro do Cordeiro, no Recife. O desfecho do caso foi apresentado na manhã desta terça-feira sede do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP). O representante do Conselho Tutelar Tales Pitte participou da entrevista coletiva.
Foto: Thaís Arruda/ DP/ DA Press
A polícia chegou até a arquiteta depois de o Disque Denúncia receber uma informação de que ela havia sido vista no HBL. Quando chegou à unidade de saúde, por volta das 15h, a equipe soube da alta médica horas antes e solicitou as imagens do circuito interno de segurança. Os equipamentos flagraram Núria deixando o hospital com a bebê, por volta das 13h, aparentando estar desorientada.
Ainda nesta segunda-feira, a arquiteta teria procurado a 1ª Vara da Infância e Juventude, na Rua Fernandes Vieira, bairro da Boa Vista, onde o Conselho Tutelar foi acionado e, por sua vez, comunicou a localização de mãe e filha à polícia. Informado sobre o desfecho do caso, o irmão de Núria está vindo do Mato Grosso com o objetivo de levar irmã e sobrinha para a casa da família. Com sinais de depressão pós parto, Núria deve ser ouvida em casa, ainda nesta terça-feira, pela delegada Gleide Ângelo. Gleide acredita que a arquiteta queria dar a criança para adoção.
Foto: Reprodução/ Facebook
Investigação - Núria foi localizada na noite desta segunda-feira após permanecer uma semana sem contato com a família, parentes, amigos ou colegas de trabalho, que acionaram a polícia. O primeiro passo da investigação da polícia foi tentar entender quem é Núria e qual a rotina dela. A polícia localizou e conseguiu ouvir nove pessoas do ciclo de relacionamentos da arquiteta, entre elas amigos e os chefes. A partir daí, foram levantados quais lugares ela frequenta e se esses locais têm câmeras de segurança que possam ter registrado algo importante para a investigação. Um rapaz que trabalha com a arquiteta foi ouvido pela polícia, mas saiu do DHPP sem gravar entrevista. Durante a investigação, a delegada ficou em contato direto com os familiares de Núria, que moram no Mato Grosso.
Na segunda-feira da semana passada, Núria saiu no início do expediente do escritório onde trabalha, também no bairro do Cordeiro. Ela não falou com ninguém, mas deixou o computador cheio de projetos prontos para entregar. Na casa onde Núria mora sozinha, ficou o cachorro, sem nenhum amparo.O bichinho que ela ganhou do ex-namorado é a grande paixão da arquiteta e o fato dela tê-lo deixado sem cuidado foi o que mais preocupa a polícia. A arquiteta mora no Recife há cinco anos, desde que se mudou pra a capital pernambucana com uma irmã e o cunhado. O casal se separou e a arquiteta permaneceu na capital pernambucana, morando sozinha.
Dois dos últimos casos de desaparecimento de mulheres investigados pelo DHPP tiveram desfechos bastante distintos. Em maio, a estudante de direito Vaniela Oliveira Varela, 26, sumiu em Prazeres, Jaboatão. O inquérito revelou que ela ficou hospedada em uma pousada em João Pessoa (PB), e se ausentou de casa por questões pessoais. Em julho, o corpo da estudante Maria Alice Seabra, 19, foi encontrado em um canavial em Itapissuma, após cinco dias desaparecida.
Com informações da TV Clube e da repórter Thais Arruda
Quarta, 23 de setembro de 2015 – Postado por Elismar Rodrigues
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