Um bebê de nove meses, que nasceu com um problema intestinal que o impedia de defecar, aguarda por uma cirurgia há sete meses. Ele já passou por três procedimentos no Hospital Dom Malan em Petrolina, no Sertão pernambucano, ainda no primeiro mês de vida. Mas, segundo familiares, a última cirurgia foi programada para ser feita em meados de abril, mas a unidade hospitalar não autorizou o procedimento.
Segundo a mãe do bebê, Maria do Socorro Matias dos Santos, de 34 anos, o seu filho nasceu no dia 25 de janeiro com o reto fechado e não conseguia defecar. “Eu dava o peito e ele vomitava o leite. Depois de cinco dias de nascido percebi que ele não conseguia defecar. Daí foi feita a primeira cirugia. Depois disso, ele teve anemia e estava muito enchado, botaram bolsas de sangue e ele bebia leite no copo”, explica.
Socorro conta que o quadro clínico da criança não teve evolução, os médicos optaram fazer uma nova cirurgia e que não teve êxito, apenas quando colocaram o intestino dele para fora. “Fizemos novos exames e ele só defecou quando botaram o intestino dele para o lado de fora”, relata.
A mãe revela ainda que após três meses das primeiras cirurgias, o médico responsável pediu que ela voltasse com o bebê para fazer a quarta e última cirurgia para que a criança tivesse o intestino religado ao reto. Mas, desde abril ela não conseguiu autorização para fazer o procedimento no Hospital Dom Malan. “O médico que cuidou do meu filho não atende mais lá e pediu que eu encaminhasse os documentos para fazer a cirurgia pelo Tratamento Fora de Domicílio (TFD). No dia 5 de setembro enviei e me disseram que não tem cirurgião pediatra em Recife”.
Impossibilitada de fazer a cirurgia do filho, Socorro recorreu a Defensoria Pública em 30 de outubro. Mas por enquanto nada foi resolvido. “Tenho cinco filhos e com meu bebê, são seis. Não tenho tido como trabalhar, só para cuidar do meu bebê que corre riscos, pois tem sangramentos e pode ocasionar infecção. Preciso de uma atitude. Eu não quero ver meu filho nessa situação”, desabafa a mãe.
A Secretaria de Saúde de Pernambuco comunicou em nota que cabia à direção do Hospital Dom Malan/IMIP apurar o caso. Já o hospital informou através de nota que as cirurgias de maior complexidade, como do paciente, estão sendo encaminhadas para os Centros de Referência. Enquanto isso, os pacientes estão sendo orientados a procurar as secretarias de saúde dos respectivos municípios de origem para fazer o referenciamente dos mesmos para os centros que dispõem desse tipo de tratamento, através do programa de Tratamento Fora do Domicílio (TFD).
A secretaria de Saúde de Petrolina disse em nota que o caso é de responsabilidade do município e a referência pediátrica é o Hospital Dom Malan, porém a unidade não está realizando o serviço. Diante disso, o caso foi encaminhado para o Recife através do serviço Tratamento Fora do Domicílio de Petrolina (TFD), mas os atendimentos de cirurgia eletiva estão suspensos por tempo indeterminado no IMIP. Desta forma o Estado tem que referenciar o usuário para o serviço do TFD Interestadual.
G1 Petrolina

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