Candidato do PSDB cobrou providências em relação ao tesoureiro do PT, que foi apontado como operador da distribuição de verbas desviadas da estatal
Daniel Haidar, do Rio de Janeiro

Aécio Neves faz campanha neste domingo, no Rio de Janeiro
(Marcos de Paula/Estadão Conteúdo)
Um dia depois de ser alvo das apelações mais baixas do PT
durante toda a disputa eleitoral, o candidato do PSDB à Presidência da
República, Aécio Neves, disse estar com a “alma leve” e afirmou, neste
domingo, que “é um avanço” o tardio reconhecimento pela presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) de que houve desvio de verbas na Petrobras.
Antes de participar de uma carreata pela Praia de Copacabana, na Zona
Sul do Rio de Janeiro, o tucano lembrou que cobrou em sucessivos debates
que Dilma prestasse contas sobre o esquema de corrupção, desvendado
pela Operação Lava Jato e delatado pelo réu confesso e ex-diretor da
estatal Paulo Roberto Costa.
“As delações premiadas mostram a extensão dessa rede, algo que avilta
e traz indignação a todos nós, mas reconheço que é um avanço admitir
que isso aconteceu", disse Aécio, que depois criticou a
presidente: "Talvez seja um pouco tarde. E não vi até agora nenhuma
atitude dela sobre aquele que é denunciado como receptor da parcela do
PT, que era o seu tesoureiro." Era uma referência a João Vaccari,
denunciado como o operador do partido responsável por repartir entre
petistas os recursos desviados da Petrobras. Vaccari foi mantido no
Conselho de Administração da usina hidrelétrica de Itaipu mesmo depois
das acusações feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa.
O tucano aproveitou ainda para cobrar que, ao menos na última semana
de campanha, Dilma entre no debate de propostas, e não agressões. “Quero
fazer aqui um convite para a nossa adversária para que possamos debater
propostas, falar do futuro do Brasil. Sou da escola política do meu
avô, que ensina que quem deve brigar são as ideias e não as pessoas”,
afirmou. Bem-humorado, Aécio foi recebido aos gritos de “Fora PT” por
simpatizantes de Dilma na saída da carreata pela orla.
O tucano foi acompanhado em veículo aberto pela mulher Letícia Weber e
por aliados como o senador eleito José Serra (PSDB), o presidente do
PPS, Roberto Freire, e o “marineiro” Alfredo Sirkis (PSB). O
ex-craque Ronaldo e o lutador de MMA Rodrigo Minotauro também
acompanhavam o presidenciável no veículo. Outras personalidades, como a
atriz Maitê Proença, o ator Ney Latorraca e o técnico Bernardinho, da
seleção brasileira de vôlei, também compareceram ao ato. Mesmo sob um
sol de 30 graus, a passagem do tucano pela orla de Copacabana chegou a
atrair tantos simpatizantes que quase dois quarteirões de uma pista
foram ocupados. (Veja)

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1-Não julgueis, para que não sejais julgados. 2-Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós. …