Categoria está em greve desde o dia 16 de junho deste ano.
Manifestação aconteceu nesta quarta-feira (12); entenda reivindicações.
Servidores do Judiciário Federal fizeram protesto no Farol da Barra, em Salvador.
O ato começou por volta das 11h da manhã desta quarta-feira (12) e reuniu cerca de 100 pessoas, segundo informações da Polícia Militar.
Seis mil servidores estão em greve
desde o dia 16 de junho deste ano e o movimento é por tempo
indeterminado, definido em assembleia, como parte de um movimento
nacional que reivindica reajuste salarial.
A mobilização afeta serviços da Justiça Federal, Tribunal Regional do
Trabalho (TRT), Justiça Militar da União e Tribunal Regional Eleitoral
(TRE). Conforme Denise Carneiro, diretora do Sindicato da Justiça
Federal (Sindjufe-BA), a reivindicação é de aumento nos salários. Para
repor as perdas com a inflação, a discussão está no Congresso Nacional.
"O Poder Judiciário encaminhou o projeto. O Poder Legislativo voltou e
aprovou, inclusive, por unanimidade, o projeto. E o Poder Executivo
continua, sistematicamente, cortando o orçamento Judiciário para nos
negar essa reposição inflacionária", disse.
Todas as audiências, liberação de crédito, pagamentos de processos
finalizados, homologação, atendimento de urgência para reclamações
trabalhistas. Todos estes serviços devem ser realizados a partir do
acordo, mas o documento também deixa claro que esses serviços podem não
ser feitos às terças e quartas-feiras, dias mobilização da categoria.
No período da manhã desta quarta-feira, no Fórum Juiz Antônio Carlos
Oliveira, no Comércio, algumas audiências foram canceladas. "Essas
audiências não aconteceram, pelo que posso entender, da leitura do termo
de compromisso firmado entre a presidencia, o sindicato eo comando da
greve. Em dia de apagão não haveriam as audiências", explicou Augusto
Medrado, juiz do Trabalho.
Segundo o advogado Ricardo Avelar, por conta da paralisação, não houve
audiência na 28ª Vara nesta quarta. "Prejudica, porque muitas vezes um
reclamente está aguardando três, quatro meses para realização de
audiência e quando chega a audiência é adiada", relatou.
A atendente, Dilma Barbosa, continua esperando o fim da greve dos
servidores da Justiça Federal para resolver uma questão trabalhista
antiga e pagar dívidas que se acumulam em casa. "Minha carteira não foi
dado baixa até hoje. Eu estou sem poder arrumar outro trabalho. Eu tenho
pressa para isso, porque estou cheia de dívidas acumulando e estou sem
saber o que fazer. Já somam mais de R$ 11 mil reais de dívidas",
reclamou.
Recomposição salarial
Segundo o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores do Poder
Judiciário Federal na Bahia (Sindjufe-BA), Frederico Barboza, os
servidores optaram pela manutenção do movimento por conta do risco de
veto, pela presidência da República, ao PLC28/2015, que é o projeto de recomposição salarial da categoria, aprovado na Câmara e no Senado Federal, que chega a até 78% de aumento.
O sindicato ainda alega que os servidores estão sem reajustes salariais
desde 2009. Conforme a categoria, somente serviços de emergência e
urgência, como algumas audiências, serviços de orientação dos órgãos à
população, habeas corpus, mandados de segurança, liminares e alguns
pagamentos pelo TRT estão mantidos, com atuação de 30% do efetivo.
Posição da União
A presidente Dilma Rousseff afirmou na quarta-feira, 1º de julho, ser "insustentável"
o reajuste de até 78% aprovado a servidores do Judiciário pelo plenário
do Senado. Dilma deu a declaração após visitar o Complexo do Google, em
São Francisco, na Califórnia (EUA), mas não disse se vetará a mudança.
O projeto de lei prevê que o aumento – entre 53% a 78,56% – será
concedido de acordo com a função exercida por cada servidor. Pelo
projeto, o reajuste será escalonado, de julho de 2015 até dezembro de
2017, e o pagamento será feito em seis parcelas. Com a aprovação no
Senado, o reajuste agora depende da sanção da presidente Dilma. Caso ela
opte por vetar, o Congresso deverá analisar o veto.
O governo era contrário ao projeto em razão do impacto nas contas
públicas. Segundo o Ministério do Planejamento, o aumento custará R$
25,7 bilhões nos próximos quatro anos. Um requerimento para adiamento da
votação chegou a ser apresentado no plenário, mas foi rejeitado.
Somente a bancada do PT votou a favor do requerimento.
Quinta, 13 de agosto de 2015 Postado por Elismar Rodrigues
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1-Não julgueis, para que não sejais julgados. 2-Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós. …